segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Citações interessantes sobre o terceiro segredo de Fátima



“Sim, logo virei para levar Jacinta e Francisco. Mas você precisa ficar mais tempo aqui embaixo. Jesus deseja usá-la para me fazer conhecida e amada. Desejo difundir por todo o mundo a devoção a meu Imaculado Coração”.Palavras da Santíssima Virgem aos três pastores em Fátima, Portugal, terceira aparição de 1917.
Afinal, o que aconteceu em Fátima?
Uma coisa é certa: algo muito mais do que mera alucinação de três crianças analfabetas, a intervenção de Maria Santíssima em Fátima continua chamando atenção pelas mais adversas reações que provocou, tornando-se matéria a ser repensada pelas novas gerações.


Cópia do jornal “O Século” que publicou um artigo de Avelino de Almeida, descrevendo o que presenciou na Cova da Iria no dia 13 de Outubro de 1917

“Sou a Senhora do Rosário”
omo sempre, o primeiro apelo da Santíssima Virgem está centrado na oração. Por isso, identifica-Se sem nenhuma

A primeira capela de Nossa Senhora de Fátima, construída no exato local onde ocorreu a aparição. Foi dinamitada pelas forças anti-católicas existentes em Portugal, em 6 de março de 1922. Nesta foto pode ver-se o buraco no telhado provocado pela explosão. Providencialmente, porém, a imagem original de Nossa Senhora de Fátima não se encontrava na capela nesse momento
margem de dúvida como a Senhora do Rosário. A mesma Mãe de Jesus que, durante todos esses séculos têm Se manifestado ativamente no seio da Igreja a tantos santos, beatos, consagrados e mesmo simples devotos fiéis e sinceros, conforme atesta a vasta hagiografia católica.
Por isso, Nossa Senhora havia feito uma solicitação para Lúcia:
“Quero dizer-te que façam aqui uma capela em Minha honra, que sou a Senhora do Rosário”.
Poucos sabem que, evidentemente, essa capela foi construída. Porém, essa solicitação da Mãe Santíssima enfureceu de tal forma as forças anticlericais que em 6 de março de 1922, arrasaram a capela com uma bomba, detonada pelos comparsas do “latoeiro” – apelido do autarca maçom anticlerical do município de Ourém.
O “milagre do sol”, a matéria no jornal O Século e o testemunho do jornalista liberal Adelino de Almeida
A respeito do “milagre do sol”, nunca é demais consultar as inúmeras documentações e fontes da época. A começar pelo depoimento de um jornalista definitivamente imparcial sobre o assunto. Afinal referimo-nos ao jornalista Avelino de Almeida, editor-chefe de O Século, o grande jornal diário, “liberal”, anticlerical de cunho maçônico de Lisboa. Escreveu ele:

Jornalista Avelino de Almeida, editor-chefe deO Século, o grande jornal diário, “liberal”, anticlerical de cunho maçônico de Lisboa
(…) Do cimo da estrada onde se aglomeram os carros e se conservam muitas centenas de pessoas, a quem escasseou valor para se meterem à terra barrenta, vê-se toda a imensa multidão voltar-se para o sol, que se mostra liberto de nuvens, no zénite. O astro lembra uma placa de prata fosca e é possível fitar-lhe o disco sem o mínimo esforço. Não queima, não cega. Dir-se-ia estar-se realizando um eclipse. Mas eis que um alarido colossal se levanta, e aos espectadores que se encontram mais perto se ouve gritar: – Milagre, milagre! Maravilha, maravilha! Aos olhos deslumbrados daquele povo, cuja atitude nos transporta aos tempos bíblicos e que, pálido de assombro, com a cabeça descoberta, encara o azul, o sol tremeu, o sol teve nunca vistos movimentos bruscos, fora de todas as leis cósmicas, – o sol bailou, segundo a típica expressão dos camponeses (…)
Quer saber mais sobre O MILAGRE DO SOL? Veja aqui como receber em sua casa o livro que conta toda a história desta grandiosa aparição de Nossa Senhora em Fátima.
“Vi… Vi…Vi.”
Essa declaração custou-lhe o emprego. Em resposta à violência de toda a imprensa anticlerical, o Senhor Avelino de Almeida renovava o mesmo testemunho, quinze dias depois, na sua revista Ilustração Portuguesa. Nesse artigo, publicou uma dúzia de fotos da grande multidão extática, e ia repetindo, como um refrão, do princípio ao fim do seu artigo: “Vi… Vi…Vi.” E concluiu definitivamente:
“Milagre, como gritava o povo; fenômeno natural, como dizem sábios? Não curo agora de sabê-lo, mas apenas de te afirmar o que vi … O resto é com a Ciência e com a Igreja (…)”
“Sim, logo virei para levar Jacinta e Francisco. Mas você precisa ficar mais tempo aqui embaixo. Jesus deseja usá-la para me fazer conhecida e amada. Desejo difundir por todo o mundo a devoção a meu Imaculado Coração”.
Palavras da Santíssima Virgem aos três pastores em Fátima, Portugal, terceira aparição de 1917.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Deus diz






Só há vitórias reservadas para você.

Mas você precisa me entregar sua vida.

Toda sua vida, não parte dela.

Confie em mim porque sou Digno de confiança.

Não confie nos homens, não confie nas suas próprias forças, porque suas forças sou Eu quem as dou.

Confie apenas em mim, pois grandes coisas estão guardadas para você.

Vem descansar em meus braços meu filho... vem conversar comigo...

Me entrega as coisas velhas e peça coisas novas.

Eu conheço todos os desejos do seu coração, conheço todas as suas necessidades, desejos e anseios,

mas eu gostaria que você conversasse comigo, que colocasse no meu altar os seus medos, suas dúvidas,

tudo o que há em seu coração.

Meu filho, deixa-me fazer morada em seu corpo.

Permita que seu corpo seja a morada do meu Espírito.

Eu te criei, mas Eu só posso entrar em seu coração se você permitir, se você me pedir.

Porque Eu te amo ( Ágape ) muito e respeito todas as suas vontades.

Por isso Senhor, seja feita Tua vontade em minha vida.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

E quando não sabemos que rumo tomar?




Hoje tantas situações nos deixam inseguros, um turbilhão de opiniões e de sentimentos turva a nossa visão, a imaturidade nos persegue e o pior é quando tomamos uma decisão errada. Estes dias encontrei uma pessoa que infelizmente tomou uma decisão errada, penso que precipitada, levada pelos sentimentos e pelos momentos de crise. Ela chorava por ter tomado uma decisão e hoje esta arcando com as conseqüências deste ato. Lembro de uma frase do Dom Alberto Taveira: Em crise não se toma nenhuma decisão. É preciso deixar a poeira das emoções, das vozes das possibilidades cessarem, não se deixar levar pelas facilidades, é preciso fazer as contas, medir, discernir, escutar, racionalizar e rezar e dar os passos que se conseque dar. Grandes decisões exigem tempo, discernimento e muita oração.


“O homem que conhece a vontade de Deus é habitado pela Sua Palavra”. Verinha, CN.





Salmo 1



Feliz o homem que não procede conforme o conselho dos ímpios, não trilha o caminho dos pecadores, nem se assenta entre os escarnecedores.
Feliz aquele que se compraz no serviço do Senhor e medita sua lei dia e noite.
Ele é como a árvore plantada na margem das águas correntes:
dá fruto na época própria, sua folhagem não murchará jamais. Tudo o que empreende, prospera.
Os ímpios não são assim! Mas são como a palha que o vento leva.
Por isso não suportarão o juízo, nem permanecerão os pecadores na assembléia dos justos.
Porque o Senhor vela pelo caminho dos justos, ao passo que o dos ímpios leva à perdição.

O que é uma pessoa ímpia? Ímpio é o adjectivo dado a uma pessoa que não tem fé, incrédula, ateísta, infiel. É preciso acreditar.
Eclesiástico 30, 15-20
Olha que hoje ponho diante de ti a vida com o bem, e a morte com o mal.
Mando-te hoje que ames o Senhor, teu Deus, que andes em seus caminhos, observes seus mandamentos, suas leis e seus preceitos, para que vivas e te multipliques, e que o Senhor, teu Deus, te abençoe na terra em que vais entrar para possuí-la.
Se, porém, o teu coração se afastar, se não obedeceres e se te deixares seduzir para te prostrares diante de outros deuses e adorá-los,
eu te declaro neste dia: perecereis seguramente e não prolongareis os vossos dias na terra em que ides entrar para possuí-la, ao passar o Jordão.
Tomo hoje por testemunhas o céu e a terra contra vós: ponho diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição.
Escolhe, pois, a vida, para que vivas com a I tua posteridade,
amando o Senhor, teu Deus, obedecendo à sua voz e permanecendo unido a ele.
Porque é esta a tua vida e a longevidade dos teus dias na terra que o Senhor jurou dar a Abraão, Isaac e Jacó, teus pais.


É preciso ter discernimento: Faculdade de discernir, julgar as coisas clara e sensatamente, tino critério, juízo, apreciação, analisar. Penetrar na profundidade, ter sagacidade e perspicácia.
Miquéias 6, 1-9

Ouvi o que diz o Senhor: Vamos, advoga tua causa diante das montanhas, ouçam as colinas a tua voz!
Ouvi montanhas, o processo do Senhor, e vós, fundamentos perenes da terra.

Porque o Senhor entrou em juízo com seu povo, ele vai pleitear com Israel:
Povo meu, que te fiz, ou em que te contristei? Responde-me.
Fiz-te sair do Egito, livrei-te da escravidão, e mandei diante de ti Moisés, Aarão e Maria.
Povo meu, lembra-te dos desígnios de Balac, rei de Moab, e a resposta que lhe deu Balaão, filho de Beor;
lembra-te (da etapa) entre Setim e Gálgala, para reconheceres os benefícios do Senhor.
Com que me apresentarei diante do Senhor, e me prostrarei diante do Deus soberano?
Irei à sua presença com holocaustos e novilhos de um ano?
Agradar-se-á, porventura, o Senhor com milhares de carneiros, ou com milhões de torrentes de óleo?
Sacrificar-lhe-ei pela minha maldade o meu primogênito, o fruto de minhas entranhas por meus próprios pecados?
Já te foi dito ó homem, o que convém o que o Senhor reclama de ti: que pratiques a justiça,
que ames a bondade, e que antes com humildade diante do teu Deus.
A voz do Senhor eleva-se contra a cidade – é sabedoria temer o vosso nome.
Ouve tribo: ouve assembléia da cidade.





Escutar a Deus, os acontecimentos, as pessoas experientes e de confiança, lendo nos fatos e nas situações o que é melhor. Escutar. Saber ouvir e distinguir o essencial, o mais necessário com humildade.




João 3, 1-17
Havia um homem entre os fariseus, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: Rabi, sabemos que és um Mestre vindo de Deus. Ninguém pode fazer esses milagres que fazes se Deus não estiver com ele.
Jesus replicou-lhe: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer de novo não poderá ver o Reino de Deus.
Nicodemos perguntou-lhe: Como pode um homem renascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no seio de sua mãe e nascer pela segunda vez?

Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus.

Para que todo homem que nele crer tenha a vida eterna.
Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.
Pois Deus não enviou o Filho ao mundo para condená-lo, mas para que o mundo seja salvo por ele.





Necessário vos é nascer de novo, uma vida nova no Espírito Santo.




* Pense bem, não se precipite, tenha fé, busque o discernimento, escute Deus, reze e confie no Senhor, pois Ele agirá!
Espera no Senhor e sê forte! Fortifique-se o teu coração e espera no Senhor! Sl 26, 14

domingo, 23 de janeiro de 2011

A felicidade (Conselhos para as mães)





A felicidade
(conselhos para as mães)



Voz de Nossa Senhora

Todos os que transitais por este exílio, vinde a Mim e dar-vos-ei o que tanto almejais - a felicidade.


Eu sou a Mãe Lacrimosa, que ao pé da Cruz vos recebi como filhos. Jesus, derramando Seu precioso Sangue, com ele firmou tão precioso legado, e Eu, chorando, recebi-vos, acolhendo-vos sob o Meu manto protetor. A maior parte dos homens, porém, esqueceu-se que tem uma Mãe fiel e dedicada no Seu grande Amor, por isso hoje vos falo e vos convido a virdes a Mim para encontrardes a verdadeira felicidade.


Mães de família, que procurais o bem estar de vossos filhos, e que tanto empenho tendes em dar-lhes a felicidade, ouvi-me por piedade.


Procurais por todos os meios humanos a felicidade, porém esqueceis que para isso o principal meio é buscar a Deus nos Sacramentos, é procuar-Me a Mim, que sou a portadora da única e verdadeira felicidade.


Pergunto-vos, amados filhos, já encontrastes neste vale de lágrimas alguém feliz fora da Santa Igreja? Nunca encontrastes nem haveis de encontrar, porque a felicidade consiste em amar a Deus, único fim para o qual o homem foi criado.


Se os peixes sendo criados para viverem na água, morrem fora dela, o mesmo acontece com o homem. Fora do amor de Deus não há felicidade, não há vida, por isso fora do grande preceito de amá-lO a alma morre, e o homem, com a alma morta pelo pecado, não pode ser feliz.


Que felicidade poderá encontrar o homem que tiver um de seus membros doente? Ah! quando encontrais um homem paralítico, vos faz pena vê-lo em tal estado! Ele se lastima e deseja ardentemente ser curado de seu mal, e ainda que tudo lhe pareça sorrir, não se sente feliz! Pior que esta imagem do paralítico é a alma que não ama a Deus! Esta alma em vão procura divertir-se, em vão procura o prazer, porque todo o prazer é momentâneo... Só o prazer do amor de Deus é que dá a paz à alma e a felicidade completa.


Mães queridas, que tendes filhos, que tendes filhas, procurai dar a estes entes queridos a felicidade eterna. Oh! como é doloroso para Meu Coração, ver tantas Mães serem a causa da perdição de seus filhos!


Dir-me-eis vós: Como faremos, se nossos filhos não nos obedecem? Ah! quem são os culpados disso? Sois vós, mesmo, porque quando crianças não os soubestes educar, levando-os os cinemas, aos bailes, centros de perdição da inocência, onde tantos pecados de impureza se cometem!


Direis ainda: Mas minhas filhas são inocentes, não têm malícia. Oh! cegueira a vossa! Não sabeis que quem toma veneno é para morrer? Os cinemas! O que se passa nestes antros malditos, onde o demônio lança tantas almas, onde as crianças aprendem a imoralidade e a desobediência?! Os bailes! Depois de serem prejudiciais à saúde, são causa de perda de tanta inocência e causa de tantos maus pensamentos, dos quais darão rigorosas contas!


Quantas almas hoje gemem no inferno por causa dos bailes e dos cinemas! Agora vos posso provar como vós, mães de família, sois a causa da desgraça de vossos filhos! Oh! Mães que me escutais, vede como deixais as vossas filhas saírem à rua em trajes tão imorais, que apavoram os anjos!


Mães queridas, dir-me-eis: Mas minhas filhas não me obedecem neste ponto!


Oh! por piedade, disso quem é culpado? A culpa é da liberdade que lhes deste desde a infância!


Lançando Meus olhares amorosos de Mãe sobre o mundo, tenho que dizer-vos: A humanidade se agita e geme por causa de não saberdes criar os vossos filhos no amor de Deus! O que falta à humanidade é o amor de Deus, que faz com que as paixões sejam esmagadas.


Onde há amor ao Divino Rei, há submissão aos Pais, há submissão aos governos, enfim, o amor de Deus transforma em Paraíso este vale de lágrimas.


Oh! quem me dera que todas as mães da terra me ouvissem e pusessem em prática os Meus conselhos de Mãe, que só deseja a felicidade, o paraíso para todos os homens redimidos pelo Sangue de Meu Divino Filho.


Oh! Mães queridas, vinde que Eu sou o vosso modelo, vinde a Mim, e dar-vos-ei Minhas lágrimas preciosas, com as quais abrandareis os corações de vossos filhos, e o vosso lar tornar-se-á um paraíso, tornar-se-á o lar de Nazaré, no qual só reinaram amor, alegria, pobreza é verdade, mas a paz na alma tornou este lar tão feliz, que quisera fosse ele imitado por todas as famílias.


Queridas Mães, não vos entristeçais; ainda é tempo. Vinde, vinde; as Minhas lágrimas são o remédio, o caminho que conduzirá os vossos filhos à felicidade eterna. Estas lágrimas abrandarão os corações para poderem receber o Amor dos amores, a felicidade única, que é Deus, este Deus que, por vosso amor, dia e noite vela nos Sacrários da terra, onde é tão esquecido e tão injuriado por tantos homens, que se esquecem que têm uma alma feita para amar este Deus, que morreu em uma dura Cruz, somente porque Seu amor é infinito para com todos os homens.


Mães queridas, quisera ver um dia os vossos filhos a Meu lado, é este o motivo pelo qual assim vos falo.


Vossa terna Mãe, que vos ama com amor mais forte do que a própria morte.


(O bom combate na alma generosa, Instituto das Missionárias de Jesus Crucificado - Campinas - 1ª Edição, ano de 1936, com imprimatur)

domingo, 9 de janeiro de 2011

Vantagens da perfeita castidade para o apostolado


(Santa Maria Madalena de Pazzi)

Nota do blog: No prefácio deste livro encontra-se a seguinte observação: "Este livro foi composto, especialmente, para as almas religiosas. Parece-nos todavia, que ele pode ser lido e meditado, com proveito, por toda a alma desejosa de viver em toda a delicadeza, seja qual for a vocação que a Providência lhe tenha feito sentir".

Vantagens da perfeita castidade para o apostolado



"Os apóstolos não se contentaram com irem ter com Jesus na montanha em que Ele lhes tinha prometido aparecer; mas com as suas palavras e com os seus exemplos, eles levaram-Lhe grande multidão: o que eu devo imitar tanto quando puder, procurando a salvação do meu próximo para glória de Deus". (B.L.Marillac)

Toda a alma que "segue Jesus Cristo" sente-se imediatamente invadida pela chama apostólica, de tal forma que São Bernardo ensina que "a pureza consiste em procurar a glória de Deus e o bem do próximo". Ora, a castidade torna maravilhosamente apta a exercer:

I- O Apostolado de mediação.
II- O Apostolado de ação.

I- A castidade e o apostolado de mediação

"Entre Deus e os homens não há senão um mediador, Cristo Jesus" (I Tim., II, 5); "Ele tem todo o poder sobre os corações; maneja-os e movimenta-os como Lhe apraz" (Santa Teresa). Mas "cada um de nós recebeu, dado por Deus, o encargo do seu próximo" (Ecl., XVII, 12), e um santo doutor adverte-nos de que "temos primeiro de nos ocupar da nossa salvação, e depois de dar conta do mundo inteiro" (São João Crisóstomo).

Escutemos este queixume do Senhor: "Procurei quem Me barrasse a passagem como uma sebe, que se conservasse a passagem para Me deter, quem tomasse a defesa deste povo; não o encontrei, e lancei sobre eles a Minha indignação" (Ezequiel, XXII, 30,31). As virgens conhecem esta missão, e "como não se trata de deixar arrancar uma erva sem preço ou perecer uma flor caduca, mas da salvação de uma alma, imagem de Deus" (São Gregório de Nazianzo), elas "procuram tornar-se, tanto quanto podem, um bem comum a todos" (Bossuet), para os ganhar e os conservar em Jesus Cristo.

Elas começam pela oração. O Salvador disse um dia a Santa Catarina de Sena: "Eu quero estabelecer misericórdia no mundo, une-te às santas almas para orar". Do alto de uma vida liberta dos cuidados e tribulações do século, distingue-se melhor o que falta ao culto de Deus, compreende-se a indigência das almas menos privilegiadas, sente-se a necessidade de dar, com a própria vida, compensação à divina Majestade, uma esmola à humana miséria.

As virgens a quem "o amor levou para além das coisas" (Ruysbroeck) lembram aquelas crateras extintas que, tendo primeiro expelido as suas impurezas de lava e de escória, se encheram das águas do céu, e formaram assim aqueles belos lagos das montanhas que se espalham pelo vale para lhe levarem a fertilidade e a vida " (Mons. Baunard). Estão incessantemente ocupadas em encher-se de Deus para o darem ao mundo e "as suas súplicas transportam o universo" (São Jerônimo).

A expiação continua esta grande obra. Porque cultiva a Igreja as virgens com tanto amor? Ah! é a dízima sagrada do mais puro dos seus bens que ela oferece a Cristo, seu esposo; é o supremo recurso do seu coração desolado com as prevaricações dos maus. Ela ergueu no estado de virgindade "aquela montanha santa, em que se amontoam as graças, em que Deus se compraz em residir" (Salmo LXVII, 16-17), e de onde parte o perpétuo sacrifício que se une ao dos nossos altares para deter no caminho a cólera divina.

As virginais intervenções conjuram "aquelas tempestades com que o céu precisa por vezes de descarregar. Ele não poupa a terra senão por consideração para com elas. Deus aplaca-Se, ao vê-las, como um pai que vê os seus filhos entre os seus inimigos e suspende a sua mão" (Bossuet). O véu de Santa Águeda possuía o dom de extinguir os incêndios; "quando as cóleras de Deus se amontoam em nuvens de fogo sobre as nossas cabeças, as virgens estendem também os seus véus sagrados, e as cóleras divinas aplacam-se" (Mons. Berteaud). Somos nós suficientemente puras para esta missão redentora?

II- A castidade e o apostolado de ação

"O amor não pode estar inativo; ele está ansioso por agir; é uma atividade divina e eterna" (Ruysbroeck). Muitas consagradas não têm à sua disposição, para alimentar este fogo de zelo, senão a prece e a imolação. Quantas vezes elas ouviram dizer a bocas autorizadas, para sua consolação, que Santa Teresa nos seus claustros e com as suas orações converteu tantas almas como São Francisco Xavier com as suas pregações. As religiosas a quem os seus ministérios retêm no mundo têm ainda o recurso do exemplo e da dedicação.

"A melhor maneira de pregar é pregar com o exemplo" (Bossuet). Uma palavra pode ser proferida fora de propósito, mal julgada ou depressa esquecida. Que poder tem o exemplo perseverante! Dizia São Matias: "Quando alguém faz mal perto de um cristão, é preciso tomar conta desse vizinho que não dá muito bom exemplo" (Clemente de Alex). Aos olhos do mundo, uma vida santa representa "a carta de Cristo escrita não com tinta, mas com o espírito do Deus vivo" (II Cor., III, 3).

Acantonado no egoísmo, devorado pela cobiça, embotado pelo sensualismo, o mundo não lê o Evangelho ou declara-o impraticável. O triunfo da vida virginal, é justamente estar diante dos olhos destes cegos "um evangelho em ação, um evangelho eterno" (Orígenes), "uma luz que se não segue, talvez, mas a cujos raios se não pode escapar" (São Gregório de Nazianzo). A todos os que se lamentam dos ardentes conflitos que o Apóstolo deplorava, ela ensina que há na alma cristã suficiente força e graça para disciplinar e reduzir a vida dos sentidos. Fazendo mais do que Deus pede, ela ensina a respeitar pelo menos o que Ele manda; é uma censura viva para os indolentes, e para os fracos uma sedução.

Quando um apóstolo viu fracassar todas as tentativas do seu zelo, resta-lhe uma última indústria à qual raramente resistem os mais endurecidos: é a dedicação. Todo o homem, todo o cristão é capaz de se dedicar. Todavia, na maior parte, os primeiros entusiasmos são retidos pelos deveres, agrilhoados por afeições. Cada um dedica-se pelos seus; só por exceção os troca por estranhos. Só a virgindade dá o estranho poder de fazer da dedicação um hábito, uma profissão: todas as necessidades do corpo e da alma têm a sua irmã de caridade pronta a socorrê-las. As virgens "essas dedicadas celestes" (Pe. Gratry) libertas das escravidões da carne e do sangue, não têm nada que as retenha no caminho do sacrifício, nem mesmo o cuidado da sua vida, pois dizem consigo: "Neste momento, presto serviço a Jesus Cristo" (Ruysbroeck).

Purifiquemos bem o nosso coração e façamos a nossa alma "vasta como os praias de areia, na margem dos oceanos" (III.Reis, IV, 29), a fim de que ela seja "hospitaleira para todas as almas" (Santo Ambrósio).

Afetos. - "Ó Jesus, fazei de mim a Vossa virgem e a Vossa hóstia: quem diz hóstia, diz pureza e amor. Meu Jesus, é ao Sacerdote que incumbe fazer a sua hóstia e, na qualidade de pão que pede a sua transformação, entrego-me toda a Vós. Vendo tão claramente que Vós o queres assim, dou-me a Vós nesta qualidade de hóstia, dou-me para ser dada. A hóstia é de todos e a todas as horas; que eu me tenha dado e imolado em toda a parte onde isso for necessário à Vossa glória e à salvação das almas." (Xaverina de Maistre, carmelita)

Exame. - Sou apostólica? - Rezo e sofro pela conversão dos pecadores, perseverança dos justos, multiplicação das vocações? - É a minha vida suficientemente pura, para que a minha prece e as minhas imolações sejam bem aceitas? - Sou, ao mesmo tempo, boa e delicada nos meus ministérios? - Tenho realmente em vista dar Jesus às almas, as almas a Jesus? - Tornam-me este pensamentos o sacrifício mais leve?

Resolução
Ramalhete espiritual. - "A obra das virgens consagradas a Jesus, é ajudar a salvar as almas". (Xaverina de Maistre, carmelita).

sábado, 1 de janeiro de 2011

Preparando a segunda vinda de Jesus



“Podem os convidados às núpcias estar de luto enquanto está com eles o esposo?” (Mt 9,15).

João Batista afirmou que não era o Cristo, mas tinha vindo para preparar os Seus caminhos. Ele dizia: “Eu sou o amigo do esposo”. O amigo do esposo se alegra porque pode entregar a noiva ao esposo que está chegando.

Hoje Deus não escolhe apenas uma pessoa, um profeta. Ele escolhe todo um povo: um “corpo profético”. Esse corpo profético somos nós! Deus tem derramado o Seu Espírito sobre nós e tem nos constituído um “corpo profético” que tem uma missão tão ou mais importante e urgente do que a missão de João Batista. Enquanto João preparou a primeira vinda de Jesus, nós estamos preparando a Sua segunda vinda.

Agora somos nós os “amigos do Esposo” que o Senhor manda à Sua frente para preparar Sua “noiva”, que é a Igreja.

Deus abençoe você! Feliz Ano Novo!


Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

(Trecho do livro "Eu e minha casa serviremos ao Senhor" de monsenhor Jonas Abib)